jovem torturada diz que 4 colegas participaram da agressão
A adolescente de 14 anos que diz ter sido torturada e queimada por colegas de escola em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, disse em depoimento na tarde desta quinta-feira que quatro alunas participaram da agressão e não apenas uma. A informação foi divulgada pela delegada Cristiane Aparecida Floriano de Oliveira, que ouviu a jovem. "As quatro deram as facadas e as quatro atearam fogo", diz Cristiane.
A menina está internada no Hospital Regional de Betim e, ainda de acordo com a delegada, "não quis falar sobre a motivação" do crime. "A hipótese de ter sido por causa de um namorado foi perguntada, mas ela não quis falar", afirma.
A delegada afirmou que a estudante fará exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal assim que receber alta. Cristiane revelou que a jovem foi atacada com uma faca e não com uma chave de fenda, como a própria mãe da garota teria dito anteriormente.
As suspeitas da agressão são três adolescentes e uma mulher de 20 anos, que teve a prisão temporária solicitada pela polícia e é procurada. "Ela tem passagens (pela polícia) por tráfico," disse a delegada. As três jovens já foram ouvidas pela polícia. "Uma delas foi apreendida ainda em flagrante e ficou detida por dois dias, sendo depois liberada pela Justiça. As outras prestaram depoimento e negaram as agressões. Disseram que presenciaram, mas não participaram".
A sessão de tortura e espancamento aconteceu na noite do último dia 12 de dezembro. Por volta de 22h, a estudante pediu aos pais para sair com as colegas. Cerca de uma hora depois foi encontrada em um matagal amarrada a uma árvore, seminua e agonizando. Além de ter sido agredida com um tijolo na cabeça, a menina levou estocadas no peito e barriga com uma faca. Depois de a vítima ficar desacordada, as jovens teriam ateado fogo em seu corpo. Ela foi resgatada por policiais militares que receberam uma denúncia anônima.
A estudante sofreu queimaduras de 2º e 3º grau nas duas pernas e terá que passar por várias cirurgias plásticas de reconstrução da pele. O Terra esteve com a jovem e a mãe no Hospital Regional de Betim. A mãe, Claudia dos Santos Máximo, resumiu a situação da filha: "Tirando as dores ela está bem, graças a Deus. Ela ressuscitou", disse.
No dia, mãe e filha não confirmaram se as agressões poderiam estar relacionadas a desavenças por causa de um namorado e também por ela ser muito bonita, o que teria incomodado as autoras suspeitas de tortura e tentativa de homicídio.
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