EUA pedem libertação imediata de suposto espião preso no Irã
O governo dos Estados Unidos pediu a "libertação imediata" do suposto espião americano Amir Mirzaei Hekmati, que confessou a um canal de televisão iraniano que trabalhava para a CIA (agência de inteligência americana) e foi julgado nesta terça-feira em um tribunal de Teerã.
"Vimos este tipo de histórias antes com o regime iraniano acusando falsamente pessoas de serem espiões e depois detendo estrangeiros inocentes por razões políticas", advertiu hoje a jornalistas o porta-voz adjunto do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner. O porta-voz pediu que o Irã libere Hekmati "sem demora" e destacou que esse país rejeitou as solicitações da embaixada da Suíça em Teerã, que abriga o escritório de interesses americanos, para visitar o suposto espião.
Segundo a agência oficial de notícias iraniana Irna, Hekmati confessou durante o julgamento ter cometido o crime e afirmou que foi enganado e que sua intenção não foi atacar o país. O juiz anunciou que a condenação final será publicada depois que o advogado de defesa apresentar sua alegação final.
O suposto agente da CIA, de origem iraniana, nasceu no estado americano do Arizona e foi preso no início deste mês no Irã, quando, segundo as autoridades, tentava infiltrar-se no Ministério de Inteligência. A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Victoria Nuland, pediu ao governo iraniano que autorizasse à embaixada da Suíça em Teerã, que abriga o escritório de interesses americanos, a ter acesso a Hekmati e negou que o detido seja um espião de seu país.
Hekmati reconheceu que era um agente da CIA em um vídeo exibido no dia 18 de dezembro pelo Canal 3 da televisão oficial iraniana, IRIB. Além disso, declarou que em 2001 entrou nas Forças Armadas dos EUA, onde recebeu treinamento militar e de inteligência e aprendeu vários idiomas, especialmente árabe e persa.
Para sua atual missão, o suposto espião disse que tinha recebido treinamento especial para infiltrar-se nas agências de inteligência iranianas e que previamente havia trabalhado para os serviços secretos militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão. Segundo as autoridades iranianas, os EUA tinham preparado "uma complexa trama" para infiltrar
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